Prêmio CBMM destaca professores de universidades públicas

A diretoria da SME participou no dia 13 de novembro do Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia 2023. A cerimônia ocorreu na Sala Minas Gerais, com a apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Prestigiaram o evento a presidente Virgínia Campos e os vice-presidente Wilson Leal e Adriana Tonini. A CBMM é  líder mundial na produção e comercialização de produtos de Nióbio. Essa é a quinta edição da honraria, que   se consolida como a maior premiação de ciência e tecnologia do país, com inscrições de profissionais de diversos estados brasileiros. Além da oportunidade de conhecer o trabalho de excelência dos ganhadores, a empresa agraciou os convidados com um espetáculo ímpar. O regente da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, José Soares, citou a tecnologia contida nos instrumentos. Uma demonstração da estreita relação da cultura com a engenharia. De fato, a ciência também se expressa como arte”, diz Virgínia.

O Prêmio CBMM tem como objetivo reconhecer profissionais brasileiros que, por meio de suas pesquisas e descobertas, abrem portas para transformações no Brasil e no mundo. Segundo o CEO da empresa, Ricardo Lima, “os homenageados da noite são inspirações que, por meio de suas trajetórias singulares de dedicação à pesquisa, transformam o presente e moldam o futuro”.

O engenheiro mecânico Nívio Ziviani, professor emérito do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, foi reconhecido na categoria Tecnologia. Na categoria Ciência, o vencedor foi professor Wanderley de Souza, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Criado em 2019, o Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia oferece 500 mil reais a cada um dos vencedores.

Para concorrer, os pesquisadores se inscrevem voluntariamente ou são indicados por instituições, empresas e profissionais renomados nas áreas de Ciência e Tecnologia. Uma comissão julgadora totalmente independente, constituída por renomados profissionais e representantes da academia, avalia as iniciativas e seleciona os vencedores. As cinco edições anteriores do Prêmio receberam cerca de dois mil inscritos vindos de todo o país.


Nívio Ziviani

Docente da UFMG desde 1972, Nívio ajudou a formar dezenas de mestres e doutores no DCC e é responsável por inovações tecnológicas de grande relevância para o país. Além disso, é membro da Academia Brasileira de Ciências e da Ordem Nacional do Mérito Científico, nas Classes Comendador e Grã-Cruz. Durante seu discurso, o professor ressaltou a importância de os pesquisadores poderem transformar resultados em ações que beneficiam toda uma sociedade. “São mais de 51 anos dedicados à universidade, à ciência, ao ensino, à pesquisa e à formação de recursos humanos. Uma das maiores recompensas para um pesquisador é poder transformar os resultados científicos em ações práticas que beneficiam a sociedade. Dediquei boa parte da minha vida a isso: produzir e transferir conhecimento científico para a sociedade por meio de empreendimentos inovadores”, disse emocionado por estar recebendo o prêmio em um local que é frequentador assíduo.


Wanderley de Souza

Wanderley de Souza é graduado em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974) e obteve o doutorado em Biofísica pela UFRJ em 1978. Também realizou estágios de pós-doutoramento em várias instituições, como National Institutes of Health e University of Illinois.

Os trabalhos do professor Wanderley de Souza permitiram desvendar detalhes de várias estruturas celulares e contribuir para o estabelecimento de sua composição química e de sua função nos vários protozoários estudados. Seu trabalho aborda desde a microscopia confocal á microscopia eletrônica de varredura e de transmissão em alta resolução, incluindo técnicas de criomicroscopia.

O interesse central da carreira do Prof. Wanderley de Souza, portanto, é o estudo de doenças parasitárias, sobretudo aquelas causadas por protozoários intracelulares que causam doenças relevantes como a doença de Chagas, as leishmanioses e a toxoplasmose, bem como protozoários extracelulares que causam doenças como a giardíase humana e a tricomoníase humana e animal.

Com informações da CBMM, UFMG e da FINEP

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