SME defende energia da biomassa para um futuro sustentável

Quinta-feira, 12 de dezembro


Foto: Roosevelt diz que agronegócio é pilar da economia e precisa inovar

No dia 12 o painel da manhã teve como tema Inovações verdes: energia da biomassa para um futuro sustentável. A abertura foi feita por Roosevelt Almado, coordenador da CT Agricultura, Florestas e Economia Verde da SME. Com uma visão estratégica, Roosevelt guiou a discussão que destacou o papel da biomassa e da tecnologia no avanço de soluções sustentáveis ​​para um futuro mais verde. “O agronegócio brasileiro é um dos pilares da economia nacional, responsável por uma parcela significativa do PIB e pela liderança global na produção e exportação de commodities, como soja, carne, café e celulose. No entanto, é essencial que o setor invista em inovação e tecnologia”, explicou ele na abertura do painel.

Ainda pela manhã o debate avançou à Exansão da biomassa: políticas públicas e tecnologias.  Os painelistas falaram sobre investimentos e o avanço das florestas plantadas em MG, a presença da macaúba, como fonte de produção e restauração de ecossistemas e o uso de tecnologia de transformação de biomassa e seus impactos ambientais.


Foto: Adriana Maugeri destacou o potencial das florestas plantadas em MG

A presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), Adriana Maugeri, trouxe uma reflexão essencial em sua palestra sobre Políticas Públicas, Investimentos e o Avanço das Florestas Plantadas em MG. Primeira mulher a assumir a presidência da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ela ressaltou a importância de ações estratégicas para fortalecer o setor e resultados práticos sustentáveis ​​que beneficiam a economia e o meio ambiente.

Adriana destacou ainda contexto da transição energética e deu foco nas políticas governamentais e incentivos necessários para estimular o crescimento do setor, incluindo subsídios, conquistas e avanços nas regulamentações ambientais. “O Ministério da Agricultura, através de uma câmara setorial, divulgou um levantamento disponível no painel florestal, no site do Mapa. O estudo revela que temos 70 milhões de hectares de pastagens degradadas no Brasil, dos quais 40 milhões são aptos para a agricultura e 12 milhões podem ser convertidos em florestas”, ressaltou.

Atualmente, o Brasil possui 10 milhões de hectares de florestas plantadas, com um potencial de mais 12 milhões em áreas já aptas. Ao final do painel, a presidente da SME, Virgínia Campos, cumprimentou Adriana Malgeri por ter batalhado junto ao órgão ambiental pela simplificação do licenciamento dos plantios.

Destacou que simplificação não significa facilidade e fez uma ressalva: que a presidente da AMIF conseguiu um grande feito não apenas para a atividade econômica onde ela atua, mas para várias outras cadeias produtivas. “E não é uma facilidade de licenciamento, é uma simplificação de licenciamento. Em termos de sustentabilidade, é essencial reconhecer que, no final das contas, tudo se resume ao custo. Projetos podem ser lindos e inovadores, mas o preço do óleo, por exemplo, é o que realmente importa para as empresas”, lembrou a presidente da SME.


Foto: João Jackson Braga mediou painel sobre Inteligência Artificial

No período da tarde do dia 12, o público teve acesso a novas tendencias de mercado e pesquisas sobre Inteligência Artificial. A abertura ficou sob responsabilidade de João Jackson Braga, coordenador da CT de Inovação da SME. De acordo com o Braga, as inovações resultantes das invenções são fruto do trabalho diário do engenheiro.

Para ele, a propriedade intelectual precisa ser encarada como importante ferramenta para resguardar seu esforço e servir como base de conhecimento para impulsionar o progresso tecnológico. “É difícil dissociar a Engenharia da Inovação, principal motor do progresso tecnológico, econômico e social. Nesse contexto, é fundamental que as ideias criativas sejam protegidas, incentivando inventores e empresas a investirem em pesquisa e desenvolvimento. A Propriedade Intelectual desempenha um papel crucial na proteção de ideias e invenções, estimulando a competitividade, facilitando investimentos, o licenciamento e a colaboração”, assinalou.


Foto: Constantino Seixas diz que vivemos uma nova revolução tecnológica

O diretor Accenture Latam – Industria Natural X Divisão, Constantino Seixas Filho, apresentou a palestra Cenários e Tendências de Inovação, Tecnologia e Inteligência Artificial. Engenheiro eletrônico, formado pelo ITA e mestre em Ciência da Computação, ele abordou como as empresas podem aproveitar as oportunidades de divisão entre a indústria natural e tecnológica para alavancar resultados e crescer de maneira inovadora.

Qual será o próximo grande passo na inovação? Constantino apontou alguns caminhos. “Estamos vivendo uma grande revolução, e a velocidade dessa transformação é impressionante. Nossa geração já testemunhou diversas revoluções, mas a atual mudança tecnológica, impulsionada pela inteligência artificial, é a mais rápida que já vivemos”, sinalizou ele.


Foto: Especialistas em IA, patentes verdes e novos negócios

O painel da tarde do dia 12 reforçou conceitos sob o tema tecnologia e inovação na engenharia: inteligência artificial, patentes verdes e novos negócios. Membro da Comissão Propriedade Intelectual da OAB/MG, Elisangela Menezes, fez a mediação das palestras.  “Patente não é coisa de advogado. Nós vamos a campo, queremos conhecer a tecnologia, aprendemos muito sobre tecnologia quando atuamos. Somos parceiros dos inventores nos processos de registro, proteção e gestão. Patente não é para esconder as coisas das pessoas. Patente é para levar conhecimento para o mundo de forma protegida, de forma a gerar negócios sustentáveis”, afirmou a advogada.

Servidor do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), José Renato Gomes, falou sobre a atuação do INPI. Pesquisador em Propriedade Industrial e desde 2011 ocupa o cargo comissionado de Chefe Escritório do Difusão Regional Sudeste da autarquia federal.  Gomes falou sobre Patentes Verdes. “São várias categorias de tecnologias verdes, como tratamento de resíduos, biocombustíveis, células de combustível, energia eólica e solar, entre outras. Ao enquadrar seu pedido de patente dentro dessas categorias, você pode solicitar que o exame e todo o trâmite sejam feitos de forma prioritária”, explicou.

 Fundador e CEO da Axonal Consultoria Tecnológica, Henry Suzuki, participou do painel. Ele atua na construção de projetos e redes de inovação, com foco na criação, proteção e monetização de ativos intelectuais. Particularmente, por meio da capacitação e orientação de equipes de modo que possam realizar tais atividades por si mesmas. “Engenheiros, colegas advogados e outros profissionais, lembrem-se: vejam a propriedade intelectual como fonte de informação. Usem informações contidas em patentes para se inspirarem e lembrem-se de que há muitos segredos industriais que não estão disponíveis em lugar nenhum. Aproveitem o que já está disponível e busquem inovar realmente onde for necessário”, ensinou Suzuki.

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