Terça-feira, dia 10 de dezembro
O segundo dia de debates da Semana de Engenharia teve como tema Transformação digital na engenharia: equipamentos, gestão de frotas e soluções inteligentes. A presidente da SME deu boas-vindas aos participantes e falou sobre a grande exposição sobre a disposição da entidade em realizar o evento.
A presidente Virgínia Campos comunicou que a Semana da Engenharia será uma base para a outras agendas com o mesmo compromisso. A Sociedade Mineira de Engenheiros é uma organização da sociedade civil, portanto, uma entidade de engenharia, uma entidade do terceiro setor.
A gestão está tem um intenso entendimento das possibilidades que esse ambiente pode fornecer para contribuir com empresas e profissionais. E, claro, com a sociedade. “Nós precisamos trabalhar para atender o cidadão, afinal de contas, as ações de engenharia são destinadas a beneficiar o cidadão. Isso é muito importante. Mostra que governos responsáveis, em combinação com os dois setores, são essenciais para o desenvolvimento da sociedade e para o desenvolvimento sustentável”, disse Virgínia.
Foto: Ackel Bracks Neto explicou como atua a CT de Infraestrutura
O coordenador da Comissão Técnica de Infraestrutura da SME, Ackel Bracks Neto fez a abertura dos debates. O painel tratou da transformação digital na engenharia, equipamentos, gestão de frotas e soluções inteligentes. Mas, antes, Ackel, destacou a atuação da comissão na construção do debate. “Assumi a comissão, e as pessoas começaram a perceber que falar de construção pesada é, na realidade, falar de infraestrutura. Assim, decidimos alterar o nome da comissão de Comissão de Construção Pesada para Comissão de Infraestrutura”, explicou.
Ainda no dia 10, o público da Semana da Engenharia teve acesso a conhecimentos relacionados à Urbanização e engenharia de baixo carbono. O painel foi aberto por Luiz Godoi, coordenador da CT de Engenharia de Baixo Carbono da SME. “A urbanização e a engenharia de baixo carbono estão interligadas em um contexto crescente de preocupações ambientais e sociais. A urbanização se refere ao processo de crescimento e desenvolvimento das áreas urbanas, que muitas vezes resulta em um aumento da população e da demanda por infraestrutura, serviços e habitação”.
Godoi explicou que esse crescimento, no entanto, frequentemente leva a um aumento das emissões de gases de efeito estufa e à degradação ambiental. Aproximadamente 90 % da população está localizada em áreas urbanas. “A engenharia de baixo carbono, por sua vez, é uma abordagem que busca reduzir a emissão de carbono e minimizar o impacto ambiental em projetos de construção e desenvolvimento urbano”, destacou ele.
O Painel Construção de Baixo Carbono teve como mediador o diretor da SME Adriano Manetta, vice-presidente da CMI e membro do Conselho de Empresários para o Meio Ambiente CEM/FIEMG. Manetta mediou o primeiro bloco, destacando a importância do Planejamento Urbano Sustentável, levantando questões da otimização do uso do solo e construções sustentáveis e otimizadas e regulamentação do poder público. “Estamos tratando da construção verde no Brasil e de como essa mudança no método construtivo e na forma de enxergar a construção e o urbanismo está sendo aplicada em nossas cidades”, disse.
Foto: Adriana Hansen falou sobre sustentabilidade e construção green
A gerente de sustentabilidade do Centro Tecnológico de Edificações (CTE), Adriana Petrella Hansen, foi um dos destaques do painel, com a palestra Construções de Baixo Carbono e Construtoras ESG. Ela apresentou soluções de engenharia de baixo carbono e sustentabilidade em novos projetos arquitetônicos, explorando principalmente a utilização de novos materiais e a eficiência dos acessórios de uma habitação, trazendo o conceito de edificação verde, com certificações de sustentabilidade
Adriana destacou ainda que, algumas intuições financeiras estão oferecendo juros mais baixos para construções que apresentarem certificados de sustentabilidade e construção green. “Precisamos falar sobre biodiversidade, especialmente em um país tão diverso como o nosso, onde 90% das espécies usadas em paisagismo e edificações são estrangeiras. Devemos abordar saúde e bem-estar, e trazer à tona a pauta social, não apenas a empregabilidade das pessoas que atuam no setor, mas também das que utilizam essas edificações”, alertou Adriana.
Foto: Painel Na Estrada da Smart City e ESG reuniu especialistas na SME
No mesmo dia houve o painel Na Estrada da Smart City e ESG. Na agenda, temas como urbanismo sustentável, smart cities, e o projeto Casa Zero. Esse debate foi mediado com moderação de Grazi Carvalho, CEO do Instituto LICI. O painel teve foco em urbanismo sustentável e cidades inteligentes e reuniu importantes lideranças da área para debater desafios e soluções contemporâneas.
O encontro destacou a necessidade de estratégias integradas e abrangentes para o desenvolvimento urbano sustentável. “O urbanismo pode abranger diversas práticas sustentáveis, criando inúmeras possibilidades. Pensar na questão do urbanismo sustentável no contexto de cidades inteligentes é um pilar estratégico para a implementação de políticas públicas”, ressaltou Grazi, reconhecida com o prêmio Maura Menin, em 2023.