SME firma parceria para qualificação de jovens da Orquestra Vortz

Maria Consuelo Bethonico Cardoso Máximo, Virgínia Campos, José Eduardo de Lima Pereira e Rudolf Tschoepe em reunião na SME

A Sociedade Mineira de Engenheiros prepara um grande projeto sociocultural para transformar a sede da entidade em um cenário transformador. A presidente da SME, Virgínia Campos, apresentou última reunião do Conselho Deliberativo, no dia 05/09, as tratativas em curso para consolidar a parceria com a Associação Vortz, braço social da Orquestra Vortz que tem como objetivo difundir a música erudita. E com ela, introduzir crianças e jovens da periferia e de escolas públicas no universo da música.

A ideia é compartilhar espaço da sede da SME através de um projeto de formação cidadã, com recursos provenientes de leis de incentivo à cultura, mecanismos de incentivo fiscal por meio da concessão de crédito provenientes de editais municipais, estaduais e federais. “Essa iniciativa reafirma a importância que nossa gestão atribui a estreita ligação da cultura com a engenharia, ao criar ambiente destinado a atividades artísticas, culturais e tecnológicas. Temos como premissa a aproximação da sociedade ao universo das engenharias evidenciando que arte, cultura, educação, meio ambiente e engenharia se complementam”, garante Virgínia.

A Orquestra Vortz surgiu com um propósito maior do que se tornar uma orquestra de referência. A meta, por meio da associação, é expandir o público da música de concerto e o trabalho na musicalização de jovens e crianças carentes. “Nosso compromisso é utilizar o espaço para capacitar os jovens para o mercado de trabalho, e dar a eles a oportunidade de uma vida digna. Assim, terão aulas de música instrumental e erudita. E serão qualificados com aulas de história da música, língua estrangeira e matemática. Queremos ainda ofertar cursos de gastronomia, para que eles tenham acesso a uma alimentação saudável e possam usufruir de um espaço que é referência na região centro-sul de Belo Horizonte”, explica o violonista Rudolf Tschoepe, diretor executivo da Vortz.

O gestor acredita que o projeto cultural esteja pronto para ser apresentado às empresas em novembro deste ano. Como a adesão delas, seria possível iniciar a reforma física do terceiro andar do prédio da SME, base para a realização da ação junto ao público-alvo. “Com todos os ajustes administrativos, legais e de engenharia necessários, poderíamos começar os cursos no segundo semestre de 2024”, prevê Rudolf, que estima capacitar 120 jovens.

Nascida para explorar um repertório amplo, a Orquestra Vortz tem sob regência o maestro e violinista italiano Emmanuele Baldini, um dos mais conceituados músicos no Brasil e no exterior.  Faz parte também das principais metas da orquestra difundir a obra de compositores nacionais. O lançamento da iniciativa aconteceu no dia 4 de março de 2022, em um evento emblemático. A orquestra estreou com uma noite de gala na Sala Minas Gerais. 30 músicos selecionados de diversos estados se apresentaram na sala mais nobre da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Paralelo aos esforços para transformar o projeto em realidade, músicos já formados ensaiam para as próximas apresentações da Orquestra Vortz. Uma delas na Sala São Paulo, da Orquestra Sinfônica de São Paulo, no dia 14 de novembro. Também está programado um espetáculo para dezembro, em BH.

Circuito Liberdade – Belo Horizonte (MG)

SME no Circuito Liberdade

A SME desenvolve tratativas desde outubro de 2021 para a inclusão da entidade no Circuito Liberdade. O Acordo de Cooperação incluiu apresentação de documentos e um Plano de Trabalho que está sendo discutido com a Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG). O plano prevê o desenvolvimento de uma programação cultural e atendimento qualificado ao público amplo, em consonância com a vocação do equipamento e alinhadas com as diretrizes das políticas públicas de cultura e turismo do Estado de Minas Gerais. “Queremos interagir as atividades da SME, com projetos nas áreas de ciência, arte, cultura, com as ações desenvolvidas nos demais equipamentos do Circuito Liberdade”, projeta Virgínia.

Hoje o Circuito Liberdade é composto por 33 instituições, que permeiam por diferentes aspectos do universo cultural e artístico. Ele é composto por 22 espaços culturais, dentre museus, arquivo público, biblioteca, centros de cultura e de formação. Entre os equipamentos culturais em funcionamento, 13 são geridos diretamente pelo governo do estado e os outros funcionam por meio de parcerias público-privadas, como o Memorial Minas Gerais Vale e a Casa Fiat de Cultura, ou parcerias com instituições públicas federais, como o Espaço do Conhecimento UFMG e o CCBB.

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