Relatório Semana da Engenharia – Terceiro dia

Alexandre Bueno

No dia 11 o painel teve como tema central Mobilidade e energia limpa: um compromisso com o futuro. Na SME, os palestrantes debateram o impacto das tecnologias limpas na mobilidade e no transporte coletivo, desde ônibus elétricos até sistemas metroferroviários eficientes, integrados a fontes de energia renovável, com foco em Belo Horizonte.

Um ponto de partida para um futuro mais verde, acessível e inovador. Alexandre Bueno, coordenador da Comissão Técnica de Energia da SME deu boas-vindas aos palestrantes. “O Brasil, por suas características, como matriz elétrica limpa, baixa intensidade de carbono na indústria, segunda maior produção mundial de biocombustíveis, maior biodiversidade do planeta, ampla cobertura florestal e maior disponibilidade hídrica do mundo, poderá ser o país modelo para soluções de mitigação de mudanças climáticas baseadas na natureza.

Carlos Augusto Brandão e Nelson Fonseca Leite

Carlos Augusto Brandão, presidente do Conselho Deliberativo da SME, foi o moderador do painel e ressaltou a importância das energias renováveis. ““O que mais vi foi a incredulidade em relação às energias renováveis, armazenamento e descarbonização, temas que estamos discutindo hoje. Por exemplo, o Brasil ainda possui cerca de 3 mil lixões, com sucata por toda parte, onde poderíamos gerar mais de 3 gigawatts de energia. A mobilidade hoje necessariamente exige um compromisso com as renováveis e novas tecnologias, algo que o Brasil muitas vezes hesita em aceitar. Mas isso está mudando rapidamente com a entrada dessas tecnologias”, afirmou ele.

Nelson Fonseca Leite, diretor executivo do Conselho Mundial de Energia no Brasil e membro do Conselho Deliberativo da SME, destacou as Energias Renováveis e a sustentabilidade. Nelson Leite mostrou dados de emissões globais, indicando as principais fontes emissoras. Em relação a transportes de forma geral (rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo) a eletrificação da frota poderá contribuir com 62% da redução de emissões até2050. Uma pesquisa realizada pelo Clean Energy Ministerial, junto com a Bloomberg, revelou que os maiores investimentos na descarbonização do setor de geração de energia elétrica estão em renováveis e na eletrificação do transporte. Juntos, esses setores somam quase um trilhão de dólares em investimentos, indicando a direção do mundo para a eletrificação do transporte e a produção de energia a partir de fontes renováveis”.

Os dados destacam a importância de adotar múltiplas abordagens e investir em soluções que promovam a sustentabilidade e a redução das emissões de carbono globalmente e localmente. “Quando falamos de descarbonização e metas de net zero, dividimos as atividades em três grandes grupos que precisam fazer esforços intensos: o setor de energia elétrica, o setor de transporte e a indústria em geral. É interessante notar que não existe uma única solução para a descarbonização, mas um conjunto de soluções”, alertou Leite.

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Relatório final_parte 3

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