Especialistas debatem mudanças climáticas e segurança alimentar

Almado: transição energética é um imperativo de soberania nacional

O último dia de debates da Semana de Engenharia, no Centro Universitário Dom Helder, teve como como foco Mudanças climáticas e segurança alimentar. As discussões começaram com a apresentação de Roosevelt Almado, coordenador da Comissão Técnica de Agronomia, Florestas e Economia Verde da SME. 

Almado destacou três pontos essenciais à equidade social. Ela prevê a universalização de acesso a direitos, considerando e tratando necessidades e circunstâncias específicas para corrigir desigualdades. O primeiro deles trata da importância das engenharias, em especial a agronômica, florestal e agrícola para garantir a Segurança Alimentar no planeta. O segundo ponto é a Segurança Energética, com desenvolvimento de outros métodos acessíveis tecnicamente e viáveis economicamente. O terceiro elo da cadeia são as Mudanças Climáticas. “A transição energética é um imperativo de soberania nacional e de justiça para essa e as próximas gerações”, alertou ele.

Logo após a abertura, o pesquisador da FGV Agro Eduardo Delgado Assad, diretor da Fauna Projetos, falou sobre o Impacto das mudanças climáticas na perda de produtividade das culturas agrícolas. 

No início da tarde, o professor da UFMG, Raoni Rajão, abordou O papel da Inovação para a Mitigação dos Impactos do Clima. Também professor da UFMG, Rafael Augusto Seixas apresentou a palestra Novas Rotas de Energia Verde para a Transição Energética. 

Fonseca: áreas degradadas que podem ser recuperadas com novas tecnologias e integração

O encerramento da Semana da Engenharia teve a palestra master Alimentos, Geopolítica e Paz Mundial, ministrada por José Carlos da Fonseca, presidente executivo da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (EMPAPEL). “O país tem milhões de hectares de áreas degradadas que podem ser recuperadas com reflorestamento de árvores nativas ou florestas plantadas, ou ainda com pecuária e agricultura mais moderna. Só em Minas são 4 milhões de hectares. E a ciência nos permite essa reintegração com uso de tecnologias, como o ILPF, um sistema de produção sustentável que integra atividades de lavoura, pecuária e floresta”, apontou Fonseca, que é embaixador licenciado.

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