Bel Brant e Gabriel Souza, da Mutabile
Com o tema “Culturas Urbanas”, a Festa da Luz terá na edição deste ano 14 instalações de arte e luz. O evento gratuito, de 14 a 17 de agosto, irá iluminar com arte e obras inéditas no hipercentro de BH. As obras estarão espalhadas pela Praça da Estação, Viaduto Santa Tereza, rua Sapucaí e entorno dos edifícios Sulacap/Sulamérica, que ganham novo olhar após a demolição do anexo entre eles.
A 4ª edição destaca expressões como o hip-hop, graffiti, performances, video mapping e uma programação musical que celebra as culturas urbanas. Uma ocupação que mistura arte pública, música, tecnologia, arquitetura e engenharia. Um dos destaques é a intervenção “Entrelinhas”, daMutabile Arquitetura + João Wilbert. A obra usa a luz como linguagem para dialogar com a arquitetura, engenharia e a cidade. “Ela é uma escultura de luz que que mimetiza a geometria do prédio em estrutura leve e translúcida, celebrando a potência do espaço público, da arquitetura como símbolo e da luz como linguagem”, define a arquiteta Bel Brant, da Mutabile
Bel lembra que a requalificação do Edifício Sulacap Sulamérica e Praça da Independência representa uma vitória de Belo Horizonte na preservação de seus bens culturais. Assim, a instalação se abre para a praça e para o viaduto Santa Tereza e representa a forma das duas torres do prédio, que são muito icônicas. “A geometria da escultura é composta por fitas de LED programáveis que pulsam em diferentes ritmos e intensidades e assim representam a diversidade e energia da cultura urbana, transformando o centro de BH em um campo luminoso de experiências visuais.
João Wilbert assina Entrelinhas com Bel Brant e Gabriel Souza, da Mutabile
Conexão com a cidade
A arquiteta explica que a intervenção dialoga diretamente com a arquitetura proto-moderna do edifício, projetado por Roberto Capello em 1941. A obra respeita o princípio da liberação visual e da continuidade do eixo de circulação estabelecido pelo viaduto Santa Tereza, projetado anteriormente, em 1929, pelo engenheiro Emílio Baumgart. “O resultado é um conjunto urbano que exemplifica a integração entre arquitetura e engenharia, característica celebrada pela instalação. O viaduto e a edificação de complementam, potencializando um ao outro”, afirma Bel.
O festival terá sete atrações. Os organizadores querem provocar uma experiência de muitas sensações ao público, chamando atenção para a forma como nos relacionamos com a cidade. A ideia é transformar espaços carregados de memória e de afeto em um circuito de arte pública. “Ao trazer o fantástico para o cotidiano, a Festa da Luz proporciona experiências intuitivas e sensoriais”, descreve o site da atração.
A Festa da Luz é uma realização da Casinha, Híbrido, Pública e Governo de Minas, com patrocínio exclusivo da Cemig via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Visite o site oficial e programa-se https://festadaluz.art/sobre/
