Maeli Borges receberá Prêmio SME Maura Menin no dia 22


Werner Rohlfs, Maeli Estrela Borges e Marita Arêas Tavares na SME

A Sociedade Mineira de Engenheiros realiza no dia 22 de agosto, quinta-feira, a cerimônia de entrega do Prêmio SME Maura Menin 2024. O nome de Maeli Estrela Borges foi sugerido por Marita Arêas Tavares que destacou, em reunião da diretoria executiva da entidade no dia 3 de abril, a carreira e as realizações da engenheira, arquiteta e urbanista. Maeli é associada da SME desde 1966 e mantém atividades contínuas na entidade. O vice-presidente Adalberto Rezende e o vice-presidente do Conselho Deliberativo Werner Rohlfs citaram outros argumentos que legitimaram a indicação.

Para a presidente da SME, a distinção celebra a compromisso de Maeli com o saneamento e meio ambiente. Associada da SME desde 1966, a engenheira, arquiteta e urbanista foi precursora em muitas frentes quando a área tecnológica era um território dominado por homens. “A medalha reconhece o valor de sua dedicação com a engenharia e a qualidade de vida das pessoas. E ela fez isso desde um tempo em que era rara presença feminina nas empresas e no setor público”, assinala Virgínia.

Ainda há espaço para avanços. Segundo a ONU, as mulheres representam apenas 35% dos estudantes matriculados em STEM nas universidades. STEM é a sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O percentual é ainda menor nas engenharias de produção, civil e industrial, e em tecnologia: 28% do total.

Maeli é associada da SME desde 1966

Precursora

Maeli nasceu em Ipameri (GO). Como não havia faculdade de arquitetura em Goiânia, a família indicou a capital mineira como destino acadêmico. Ela veio só para Belo Horizonte e se dedicou com afinco aos estudos. A formação em Arquitetura veio em 1967. Um ano depois alcançou o diploma de Urbanismo. “Me destaquei em disciplinas da área social e os professores me sugeriram fazer Engenharia Sanitária. Eu fui adiante, era a única mulher no curso”, diz Maeli, que completou a terceira graduação em 1970.  As três na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

A qualificação profissional abriu as portas para o mercado. Logo recebeu um convite para ingressar no Departamento de Engenharia Sanitária da prefeitura de Belo Horizonte. Maeli levou para o executivo municipal todo o conhecimento adquirido na academia, sem nunca esquecer o propósito inclusivo que a guia.

Atuou ainda em diversas instituições como professora convidada, como PUC Minas, UFMG, CEFET-MG, Fundação Ezequiel Dias (FUNED), Instituto de Educação Tecnológica (IETEC), GS Educacional, Universidade Gama Filho e em cursos da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES).

Virgínia Ciminelli, Grazi Carvalho e Patrícia Procópio na SME 

Liderança feminina

 Antes de Maeli três profissionais receberam a honraria da SME. Em 2021, Virgínia Ciminelli, da Escola de Engenharia da UFMG, foi reconhecida por sua contribuição à educação e progresso da ciência. Engenheira química, Virginia foi a primeira mulher eleita para a seção de Engenharia da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Em 2022, a geóloga Patrícia Procópio ganhou destaque por seu trabalho em engenharia e geoprocessamento com projetos na área de mineração, meio ambiente e agricultura reconhecidos internacionalmente. É uma das fundadoras do Women In Mining Brasil.

Em 2023, a SME consagrou a geógrafa Grazielle Carvalho como uma referência à implantação de cidades inteligentes no Brasil. Grazi é diretora-executiva do Instituto LICI, que leva conceitos e ações práticas de Smart Cities a municípios de todos os estados do país.

A presidente da SME celebra em cada encontro a força feminina, que inspira novas conquistas. “As mulheres são protagonistas de mudanças, com visão de futuro e compromisso coletivo. Nossa medalha reflete esse desejo por um mundo mais seguro e saudável, inclusivo e resiliente”, garante Virgínia.

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