SME destaca projetos e gestão no Conselho de Presidentes

A Sociedade Mineira de Engenheiros participou, no dia 27 de outubro, de reunião virtual no Conselho de Presidentes. Fundado pela Cenibra e o Grupo Bonsucesso, o CP5 congrega cerca de 40 CEOs e presidentes de empresas de diversos segmentos para aconselhamento mútuo e intercâmbio de informações e experiências em negócios. A presidente Virgínia Campos e o vice-presidente de relações institucional Wilson Leal foram convidados a falar sobre a importância da engenharia na performance das empresas.

O engenheiro eletrônico Mauro Carrusca, conselheiro e CEO da KER Innovation comemorou a presença da SME.  “Sou um evangelista da gestão colaborativa. E foi ótimo receber os colegas da SME. Vivemos um momento determinante para a disseminação do conhecimento, diante do avanço da Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Essas mudanças tecnológicas mudam nossa maneira de viver, conviver e fazer negócios. E a engenharia é o grande motor propulsor dessas transformações”, disse Carrusca, que foi executivo e consultor da IBM no Brasil e nos EUA.

Em sua apresentação, Virgínia destacou o valor dos associados, de grande experiência e conhecimento em diferentes modalidades da engenharia.  Ressaltou ainda a participação da entidade em fóruns de discussão e conselhos, como da SEMAD, com assentos no Plenário e em câmaras técnicas especializadas.  “A SME é entidade de direito privado, sem fins econômicos. Desta forma, nossa performance é medida pelo desempenho de nossos esforços em colocar em prática a nossa missão:  integrar as engenharias e seus profissionais, contribuindo para o aprimoramento tecnológico, científico, sociocultural e econômico. Em especial, o de Minas Gerais”, disse Virgínia aos membros do CP5.

A presidente da SME ressaltou ainda a criação do Centro de Referência para as Engenharias de Baixo Carbono. O projeto, em andamento, quer inserir as engenharias e os engenheiros na nova era da transição energética e seus impactos positivos sobre a competitividade dos negócios e dos profissionais. Os trabalhos à constituição do centro estarão sob responsabilidade do engenheiro químico e de materiais Renato Ciminelli, com pleno apoio da presidente e dos vice-presidentes da entidade. Associado da SME, Ciminelli possui assento no Conselho de Engenheiros para Transição Energética (CEET), um grupo de 50 engenheiros globais de assessoramento ao Secretário Geral da ONU.

Reciclagem de veículos

O vice-presidente de relações institucionais da entidade, Wilson Leal destacou na reunião do CP5 a atuação da SME para avanços à reciclagem automotiva. A entidade vê o setor como elo decisivo para a Economia Circular. Em junho, a SME realizou o Seminário de Reciclagem Veicular. O evento, na sede da entidade, reuniu órgãos do governo estadual e municipal, ABDI, empresas da cadeia produtiva de reciclagem automotiva e fabricantes.

O governo de Minas destacou em agendas que a SME é reconhecida pelo setor privado como agente de desenvolvimento econômico. “A SME identificou, junto ao setor de desmonte de veículos, restrições para o desenvolvimento dos negócios. Criou-se então um modelo de interação com cerca de 280 empresas legalizadas, e o governo. A questão tributária, por exemplo, é um entrave. Há ainda necessidade de avanços na área ambiental, em especial à destinação de resíduos”, disse Leal.

O governo de MG pediu dados sobre a destinação de resíduos do setor automotivo, por município, e se dispôs a contribuir para melhor entendimento à dimensão do volume de matéria-prima. Há uma estimativa de 200 mil veículos retidos nos pátios do Detran-MG. Muitos poderiam ser aproveitados em programas de reciclagem automotiva.

A ideia é desenvolver esforços conjuntos com a FEAM e a SEDE para a regulamentação da Lei Estadual N° 23.592, de 09 de março de 2020, que dispõe sobre o Programa de Reciclagem de Resíduos Veiculares (PRRV).  Apresentação do Selo Verde teve boa receptividade pela SEPLAG. O modelo combina objetivos ambientais e econômicos com possibilidades de incentivos. Na reunião, membros do CP5 debateram sobre a possibilidade de se replicar a gestão de resíduos, à luz da engenharia, para outros estados.