Virgínia Campos é eleita coordenadora nacional das Entidades Precursoras

A presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), engenheira civil Virgínia Campos, foi eleita por aclamação coordenadora nacional das Entidades Precursoras, fórum dedicado aos organismos históricos do Sistema Confea/Crea. A nomeação ocorreu nesta terça-feira, dia 28 de fevereiro, durante o 12º Encontro de Líderes Representantes do sistema, em Brasília. A cada ano as coordenadorias são renovadas com o objetivo de maior interatividade entre essas organizações.

Virgínia exaltou sua eleição como um reconhecimento à trajetória da SME. A Sociedade Mineiras de Engenheiros, organização da sociedade civil de interesse público, foi constituída em 1931. É a única representante de Minas nesse seleto grupo, de 42 entidades no Brasil. “A integração associativa e a cooperação são importantes instrumentos para engenhar soluções. Queremos maior protagonismo das entidades, para que se fortaleçam como fórum de discussões à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. São eles os beneficiários das ações da engenharia”, disse Virgínia aos colegas. A presidente da SME terá como coordenador ajunto o engenheiro civil Emanoel Miguez, do Clube de Engenharia do Maranhão.

As Entidades Precursoras recebem essa denominação porque foram criadas antes da promulgação do Confea e dos Creas. Elas têm, portanto, o reconhecimento do sistema, apesar de não disporem de vínculo formal com as autarquias, serviços autônomos, criados por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública. Além de força e representatividade, as EPs têm pautas próprias. Agendas de grande abrangência e valor, como a retomada de obras federais paralisadas e a defesa da inovação como estratégia à superação dos desafios da engenharia.

O interesse público é premissa das Entidades Precursoras. A norma que regulamenta o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor nasceu de movimento importante da sociedade civil organizada, que contou com a adesão de diversas associações e clubes de engenharia ainda na década de 1930. O Sindicato Nacional de Engenheiros e o Instituto de Engenharia de São Paulo, entidades precursoras, deram apoio fundamental nesse processo.

 

Legado pelo fortalecimento das precursoras

Essa articulação se fortaleceu em razão da necessidade de se coibir o exercício profissional dos fornecedores dos produtos e serviços de engenharia e agronomia leigos e inabilitados. Foi nesse contexto que se deu a promulgação, em de 11 de dezembro de 1933, do Decreto nº 23.569. Ele criou o Conselho Federal de Engenharia (Confea) e os Conselhos Regionais de Engenharia (Creas).  Crea-MG foi instituído no ano seguinte, em 23 de abril de 1934.

Ou seja, essas entidades têm contribuição efetiva à valorização da engenharia e das profissões da área tecnológica. A presidente da SME quer fortalece-las, torná-las perenes e promotoras de desenvolvimento. “Mantê-las atuantes é uma forma de contribuir para que os brasileiros tenham acesso à moradia, educação, segurança alimentar, saneamento básico, entre outros tantos serviços essenciais”, lembrou Virgínia.

Virgínia irá suceder a gestão em engenheiro eletricista Lenaldo Almeida, presidente do Instituto Politécnico da Bahia. Lenaldo foi eleito durante o 11º Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea, realizado há um ano, na capital federal. Em fevereiro passado, o grupo aprovou a proposta do regulamento que já tramitava há três anos. “Durante a pandemia, as lideranças trabalharam na redação das regras de atuação das entidades integrantes do grupo, a definição de uma geografia organizacional condizente com a realidade brasileira, o estabelecimento de um calendário anual de reuniões com encontro bimestrais e a escolha do coordenador nacional e nas diversas regiões com seus respectivos adjuntos”, explicou Lenaldo.

O evento em Brasília contou com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. “Temos que atravessar o país com ferrovias, dutovias, bons aeroportos, portos, rodovias e integração de modais. Só assim teremos mais competitividade. O Brasil ficou caro e um país com esses entraves acaba crescendo menos”, disse Alckmin, em uma sinalização de grandes investimentos em infraestrutura. O vice-presidente também falou em esforços do governo à desburocratização.

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