SME fez recomendações aos parlamentares na CPI da Lagoa da Pampulha
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa da Pampulha foi encerrada no dia 12 de julho sem a apreciação de um relatório final. Como uma CPI tem o prazo máximo de vigência de 180 dias e este período se encerrou, o inquérito foi finalizado sem um parecer aprovado. Ou seja, sem qualquer denúncia de irregularidade ou indiciamento de possíveis envolvidos.
Menos de uma semana após a decisão, a Justiça de Belo Horizonte barrou a instalação de uma nova CPI. Esta serviria para investigar contratos da prefeitura de BH com empresas responsáveis pelas ações de reduções de danos provocados pela poluição da lagoa. A decisão, em caráter liminar, foi assinada pelo juiz Thiago Grazziane Gandra, da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Belo Horizonte.
Esse é um debate que interessa a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), que quer governança para a Lagoa da Pampulha. Em 17 de abril deste ano, a entidade realizou o seminário técnico Pampulha em 3 momentos. A agenda integra o programa Diálogos da Engenharia, mais amplo, e que promove a interlocução da entidade com a sociedade. Ele resgata o papel decisivo da engenharia de qualidade para o desenvolvimento. O evento, com autoridades e especialistas, aprofundou o debate acerca da gestão da lagoa da Pampulha. E elencou os principais desafios para a recuperação e o resgate das funções socioambiental e cultural do complexo.
Os resultados e encaminhamentos do seminário técnico Pampulha em 3 momentos foram entregues aos vereadores Juliano Lopes e Bráulio Lara, presidente e relator da CPI da Pampulha, instituída na Câmara de Municipal de Belo Horizonte. No texto, a presidente da SME destaca o interesse da entidade em interagir com a sociedade e seus representantes. Virgínia Campos reforça na carta aos parlamentares que a engenharia utiliza como ferramenta o conhecimento e a tecnologia na busca de soluções, tão necessários à preservação desse Patrimônio Cultural da Humanidade.
Para a presidente da SME, engenheira civil Virgínia Campos, a entidade tem força e lastro para aproximar comunidades e ambientes, utilizando como ferramentas o conhecimento e a tecnologia. “Acreditamos que a engenharia pode contribuir para a agenda do tripé norteador das iniciativas em ESG, que abrange as vertentes do meio ambiente, da atuação social e da governança”, disse Virgínia no evento.